Qual é a sua?

sexta-feira, junho 15, 2007

A arte de filtrar informação




No ônibus a caminho do trabalho, observo as pessoas... a maioria tem em mãos esses jornais populares, como "Super" ou "Aqui", e os que não tem, acanhados de acompanhar a leitura com o passageiro ao lado (hábito terrivelmente cara-de-pau), não hesitam de comprar no próximo semáforo por apenas R$ 0,25 as aberrações do dia...

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Na capa desses jornais deveria haver uma advertência em letras garrafais: CUIDADO! Este jornal oferece um grande perigo. Pode-se ficar mergulhado em sangue, em pânico com tantos escândalos, e não passar imune ao sensacionalismo que anuncia o fim do mundo diariamente. O objetivo puro e simples passa longe de informar, o que eles querem é vender.

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Acabamos nos sentindo 'fracos' e impotentes... logo cedo notícias que nos deixam amargos e pessimistas com tudo: guerras, atentados, insanidade, política de mer**, nada que te entusiasme! Então tentamos passar o dia de forma agradável, no frágil limite entre as informações nocivas que nos cercam e a vontade de curtir e aproveitar a vida sem culpa.

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A leitura de jornais nos torna estúpidos? É a pergunta de Rubem Alves, educador e escritor, em artigo na Folha de São Paulo. "Diante de jornais e revistas, eu me comporto como diante de uma mesa de bufê - provo, rejeito muito, escolho poucas coisas. Concordo com Zaratustra: Mastigar e digerir tudo é uma maneira suína."

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