Sim, sei que estou bastante atrasado. Assisti ao filme "11 Homens e um Segredo" ontem. Mas por pintar em um dia bem vazio eu até que achei bom por ter esperar um tempo. Não vou fazer uma crítica e sim comentar sobre algo interessante no filme: O modo diferente que a ilegalidade é tratada.
Um assalto é um assalto. E tanto o assaltado e o assantante sabem que isso trata-se de algo, digamos, de má conduta. No filme parece ter um heroísmo às avessas, uma espécie de brincadeira que Steve Soderbergh parece fazer com os espectadores. A gente torce para os vilões e vibra com a sua vitória. Tudo com muita glamour estético, queridinhos de Hollywood, um roteiro bem inteligente e outros artifícios como a trilha sonora (O desfecho com Clair de Lune junto com bonitos planos realmente dá até uma emoção).
Mas apesar de achar que o filme fala primeiramente de conquistas, difíceis conquistas, ele ainda trata de um assalto, mas isso é muito interessante, ver o cinema dialogando com o telespectador de maneiras mais sutis.
Já dizia meu professor: "Alguns diretores são muito perigosos". Mas é fácil e interessante saber separar a violência em Tarantino e David Fincher e algumas coisas de Oliver Stone. Todos são eventos cinematográficos de primeira linha mas de diferentes formas e entre-linhas. Mas na verdade o cinema não muda ninguém, ou muda?
Nenhum comentário:
Postar um comentário