Qual é a sua?

sexta-feira, junho 29, 2007

The Magic Numbers

The Magic Numbers é uma banda inglesa formada desde 2002, pelos irmãos Sean Gannon e Angela Gannon, e Romeo Stodart e Michele Stodart. Inicialmente, faziam participações em shows de artistas consagrados como The Chemical Brothers, Travis e Ed Harcourt, mas depois, através de festivais pelo Reino Unido, conseguiram firmar a própria carreira.
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Seu primeiro cd, que levava o nome da banda, lançado em junho de 2005, teve vários singles aclamados pela crítica, mas o de maior sucesso foi Forever Lost. O segundo cd, Those The Brokes, saiu em novembro de 2006, e a exemplo do primeiro, conseguiu superar as expectativas e mais uma vez virou sucesso de crítica, transformando-os em queridinhos dos ingleses. Aqui no Brasil o público mais alternativo já conhecia a banda, mas através da propaganda de lançamento do novo Peugeot 206, onde tocava Love is a Game, o restante do público teve acesso ao trabalho da banda, e esta passou a ser mais conhecida por aqui.
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Este quarteto consegue unir suas vozes mais que afinadas junto a acordes harmônicos, criando melodias super gostosas de ouvir. Suas músicas nos deixam super familiarizados, como se qualquer um de nós pudesse estar contando essas histórias que eles estão cantando. A diferença é que eles sabem como fazer, e fazem muito bem.
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The Magic Numbers - I See You, I See Me

Perfeita!

The Magic Numbers - Love is a Game



Precisa dizer mais alguma coisa?

quinta-feira, junho 28, 2007

Orgulho Gay

Depois que a Parada do Orgulho Gay de São Paulo passou a atrair milhares de turistas e a mídia por puro interesse passou a veicular tais informações, é impossível ignorar que hoje é o dia do Orgulho Gay.
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Todo mundo tem por perto alguém com opção sexual diferente da sua. Você pode não perceber, fingir que não sabe, ou pior ainda, pode não aceitar. Mas respeitar é diferente, respeito deveria ser uma característica inerente ao ser humano. Olhe ao redor e veja as calamidades com as quais temos que conviver e sem ser hipócrita responda o que é ou não natural, e se você concorda com tamanhos absurdos de nosso dia-a-dia. Seriam eles mais "normais" do que escolher como ou com quem se quer amar? O preconceito não manda, cada um tem que ser feliz como quiser...
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Uma boa dica: O livro "A Cidade e o Pilar", de Gore Vidal. Com um texto simples e envolvente ele mostra personagens comuns como nós, passando longe dos estereótipos que estamos acostumados a ver e que de certa forma discriminam os personagens gays.
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Gay?
Homo?
Entendido?
Bicha?
Viado?
Até parece que eu sou remédio
Pra ter rótulo.
Eu faço sexo,
E fim de papo.
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(Ivan Santtana)
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quarta-feira, junho 27, 2007

As Baratas e a Evolução



Poucas coisas me irritam tanto como a Blattaria, a popular barata... e assim como elas e suas anteninhas, eu devo ter uma espécie de radar para captá-las. Posso estar tranquila vendo tv ou me preparando para o banho, as luzes apagadas (sim, tenho mania de ficar no escuro) mas de repente resolvo acender a luz e lá está um exemplar da espécie, parecendo caçoar de minha cara, pois sabe que não sou adepta do chinelo matador...
Ontem foi um desses dias de guerrear contra uma baratinha infâme, e dá-lhe vassourada... A batalha durou uns 15 minutos, não que eu seja cegueta, mas elas se enfiam em lugares improváveis e eu não queria tomar meu banho pensando onde essa criatura estaria, então fiquei de vigília... Apareça uma besta selvagem na minha frente, mas não apareça uma barata.

Que ridículo! A barata não merece ser chamada de inseto como as formigas, ou seus parentes mais próximos, os louva-deuses e os cupins: as baratas gastam 75% de seu tempo descansando, saem dos esconderijos só pra comer ou acasalar, quando chegamos ao ponto de encontrar alguma distraída pelo caminho, diz-se que podem haver 1.000 escondidas, não produzem nada e não tem outro propósito senão o de causar nojo em quem a vê. Nenhuma espécie digna de nota come seus mortos e excrementos, ou solta um fluido oleoso pra passar por frestas finas como folha de papel.

Sem qualquer progresso ou qualquer aspiração senão satisfazer a fome, estão por aqui há uns 400 milhões de anos. Acho que o que verdadeiramente me assusta em uma barata é isso. E o fato de que somente elas perdurarão pra contar a história da humanidade... E viva o homem: a evolução que não deu certo.

domingo, junho 24, 2007

Ode à Segunda-Feira

Final de domingo e o desânimo já dá o ar da graça. Bom, cada um tem seus motivos para odiar a segunda-feira, como o Garfield e sua inconfundível frase "Monday sucks!", ou aquela banda, The Mamas & The Papas, eles até gostavam desse dia, mas devido a uma dor-de-cotovelo, choraram as mágoas jogando toda a culpa em Monday Monday...
Eu protesto! Ouso dizer que o abominável dia da semana é o domingo. Não é à toa que é o último dia, remetendo à idéia literalmente de fim da semana, onde temos preguiça de viver porque é o último dia para aproveitar nossas horas sem pressa. Onde já começamos a fazer planos e isso sim, cansa mais do que executá-los. Apelamos para a tv, mas acho que na verdade apelamos com a tv... Então a vida simplesmente passa aos domingos e deixamos que ela vá, sem protestos, porque temos a segunda-feira para colocar toda a culpa do que não fizemos. Estranhos seres-humanos que têm a necessidade de culpar o que estiver ao nosso alcance para justificar nossas falhas e frustrações...
Mas e a segunda, é um dia enfadonho? Depende da sua percepção. Se fosse seu último dia de vida, certamente você a transformaria no melhor dia que já teve... Tudo é questão de escolha, e fazer coisas que gostamos não tem dia ou hora marcada (eu nunca vi um estatuto que dissesse para vivermos somente aos finais de semana...). Só cabe a cada um de nós o rumo de nossas escolhas. Se você decidir que segunda-feira vai ser um pé-no-saco, bom, a segunda é sua. Mas que vai ser um desperdício, isso vai...

Pensamento (cretino) do Dia


"Fuja das tentações. Mas vá devagar para que elas possam te alcançar."

sexta-feira, junho 22, 2007

Salão do Livro


Pra quem estiver aqui pelas bandas de BH e ainda não arrumou programa pro final de semana, vale a pena dar um pulo lá no Salão do Livro.
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A presença de vários autores, alguns novos e também os clássicos, aqueles que muitas vezes já deram asas à nossa imaginação, como Adélia Prado, Ronald Claver, Rubem Alves, Içami Tiba e mais um montão... dá até pra fazer uma tietagem e voltar pra casa com um livro autografado. Eles estão lá lançando livros, fazendo palestras, dividindo oficinas e estimulando a conhecer o universo literário.
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Mas engana-se quem pensa que só de literatura vive o Salão. Tem oficinas de desenho (cartoons), esculturas, bonecos, apresentações teatrais, mostra de curta-metragens, dicas para cineastas e cinéfilos, apresentações musicais...
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Enfim, o poço da cultura está ali, e nem vale dizer que 'tá sem grana porque é tudo 0800... Mas é bom levar um extra, afinal você não vai resistir à tentação de comprar por um preço ínfimo o livro que está nas lojas pelo preço do seu fígado...
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Se você já foi, dá tempo de ir de novo. E se ainda não, o convite está feito!
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quinta-feira, junho 21, 2007

11 Homens e Um Segredo



Sim, sei que estou bastante atrasado. Assisti ao filme "11 Homens e um Segredo" ontem. Mas por pintar em um dia bem vazio eu até que achei bom por ter esperar um tempo. Não vou fazer uma crítica e sim comentar sobre algo interessante no filme: O modo diferente que a ilegalidade é tratada.




Um assalto é um assalto. E tanto o assaltado e o assantante sabem que isso trata-se de algo, digamos, de má conduta. No filme parece ter um heroísmo às avessas, uma espécie de brincadeira que Steve Soderbergh parece fazer com os espectadores. A gente torce para os vilões e vibra com a sua vitória. Tudo com muita glamour estético, queridinhos de Hollywood, um roteiro bem inteligente e outros artifícios como a trilha sonora (O desfecho com Clair de Lune junto com bonitos planos realmente dá até uma emoção).



Mas apesar de achar que o filme fala primeiramente de conquistas, difíceis conquistas, ele ainda trata de um assalto, mas isso é muito interessante, ver o cinema dialogando com o telespectador de maneiras mais sutis.



Já dizia meu professor: "Alguns diretores são muito perigosos". Mas é fácil e interessante saber separar a violência em Tarantino e David Fincher e algumas coisas de Oliver Stone. Todos são eventos cinematográficos de primeira linha mas de diferentes formas e entre-linhas. Mas na verdade o cinema não muda ninguém, ou muda?


quarta-feira, junho 20, 2007

SEMPRE PODE PIORAR ou A Arte de Ser (In)feliz

Alguém aqui já leu algum dos livros de Paul Watzlawick ? Pelo nome dá até preguiça, né?! Mas vale, e muito a pena, garantia de ótimas risadas. Embora ele seja um pesquisador sério, é também um típico adorador das Leis de Murphy, e como tal, seus livros têm ótimas sacadas para vivermos melhor (ou não). Pra saciar um pouco a curiosidade, aqui estão alguns trechos irônicos e hilários do livro cujo nome é o título do post.


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"(...) Parece ser relativamente grande o número de pessoas com talento suficiente para criar seu próprio inferno. Infinitamente maior, porém, é o número daqueles que precisam de ajuda e estímulo nesse campo. A estes são dedicadas estas páginas, como introdução e guia.(...)


Todo mundo pode ser infeliz. Mas tornar-se infeliz requer um aprendizado. Um pouco de experiência, somada a alguns momentos pessoais de desgraça não basta.(...)


Um outro (exemplo) seria a dor-de-cotovelo motivada pelo fim de um caso amoroso. Resista aos apelos de sua consciência, de sua memória e de seus bem-intencionados amigos, que querem convencê-lo de que esse relacionamento já estava morto há muito tempo, e que você muitas vezes se perguntava, rangendo os dentes, como seria possível escapar daquele inferno. Não acredite que a separação é o menor dos males. Pelo contrário, convença-se pela enésima vez de que "começar de novo" será um completo sucesso. (Não será não!) Deixe-se guiar pela seguinte dedução, eminentemente lógica: se a perda de uma pessoa querida dói como o diabo, então você morreria de prazer com o reencontro. Afaste todos os seus amigos e fique de plantão ao lado do telefone, em completa disponibilidade para a chamada decisiva, que vai mudar sua vida. Mas se a espera lhe parecer intolerável, nada melhor do que procurar um relacionamento idêntico! É uma experiência humana antiqüíssima.(...)"


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Ainda de molho...

Hoje cedo...

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Acordo com meu celular tocando, era o Gleison, um amigo lá de Portugal querendo saber se eu estava melhor (ele estava no msn ontem quando cheguei em casa), nem lembro direito o que falei com ele, sou um perigo nesses momentos de transição entre o sono e a lucidez. Continuei deitada e, dez minutos depois o tel aqui de casa começou a tocar, pensei em não atender, mas lembrei que se fosse minha mãe e eu não atendesse, certamente ela entraria em desespero (mãe, é mãe). Criei coragem e levantei da cama, mas logo tive que me sentar outra vez, dando tempo para o sangue percorrer todos os caminhos necessários pra me manter de pé. No tel era o pessoal lá do trabalho, querendo saber se já podiam separar a roupa preta pro meu funeral, mui amigos, não?! Cada hora um pegava o telefone pra falar besteiras, o que me fez rir um pouquinho, mas logo tiveram que desligar, afinal, apenas eu não estava trabalhando. Essa é a única parte boa de quando estamos doentes, as pessoas tornam-se tão gentis e nos mimam tanto...

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Quando desliguei o telefone, ainda gostaria de dormir, mas percebi que estava com fome e com sede (não de água, claro). Meus olhos pareciam estar no Deserto do Saara e minha língua tinha virado um pedaço de carne-seca. Explorando a cozinha, tive vontade de enviar um presente pro cara que teve a brilhante idéia de vender panetone durante todo o ano, apenas adequando um nome diferente em cada época (como se não soubéssemos que no fundo era o bom e velho panetone). Peguei meu copo de Toddy (não, outro achocolatado não serve) e aqui estou eu, blogando enquanto escuto Queens of the Stone Age, com System of a Down na fila... será que os vizinhos pagodeiros e habituais adeptos do uso de abadá irão gostar de minha programação musical de hoje?

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POST SCRIPTUM:

#1: O André ter locado 16 filmes de uma só vez não foi alucinação...

Adeus, Geração Saúde!



Tirando as caminhadas que faço no trajeto ponto de ônibus/local de destino e certas atividades impublicáveis, eu não pratico exercício, e sim, uso aquela desculpa esfarrapada de que não tenho tempo (mas realmente não tenho); não durmo o suficiente, pulo refeições e quando lembro de comer vou direto na seção de 'besteiras', só bebo água quando ela está de componente em alguma bebida que tenha gosto. Sou uma versão compacta da cidade, todo meu organismo é na verdade, um aglomerado de auto-destruição...

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Consequências disso tenho várias... meu organismo nem preocupa-se mais em produzir anti-corpos, e tenho uma enxaqueca eterna, que nenhum médico descobre a causa, embora eu acredite que seja o meu Grilo Falante, que é muito agitado.

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Ontem, vendo meu estado semi-deplorável, meu chefe me dispensou mais cedo e me deu o dia seguinte de folga, pra que eu morresse em casa (dramática, eu?). Em vez de aproveitar pra descansar de verdade, fui chegando em casa e ligando o pc... que vício é esse?! Vivo ligada no 220v, e olha que a julgar pela minha aparência tranquila, as pessoas devem achar que sou praticamente zen-budista... Ô vidinha moderna de merda!

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Ainda no pc, o André entra no msn dizendo que tinha locado 16 filmes [o.Õ]. Nesse momento eu tive certeza de que estava realmente muito mal, a ponto de ter alucinações. Fui dormir...

segunda-feira, junho 18, 2007

Perguntas.

Seria Truman Capote parente do Cartman do South Park?
Seria Arnaldo Baptista o psicodelismo em pessoa?
E a Bjork seria sobrinha da Elza Soares?
Seria realmente Britney, a reencarnação do anti-cristo? E o novo papa? Onde entra nessa?
E se a Britney é realmente anti-cristo ela poderia ser patrocinada pela Hellmans?..hãm?hãm?

E a mais difícil:
Seria o T um Y que não tem forças para levantar os próprios braços?

Pense nisso.

domingo, junho 17, 2007

Pensamento (cretino) do Dia

"Há males que vêm para o bem... mas a maioria vem para o mal mesmo."

sábado, junho 16, 2007

E na tortura do vestibular...



Curtindo imensamente ler Rubem Alves, aqui vai um texto desse autor, para reflexão dos vestibulandos desse final de semana, aqui em BH...

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"RESUMO: A jovem, na sua aflição, me enviou um e-mail com um pedido de socorro. Vai se submeter à violência dos vestibulares e um dos instrumentos de tortura será um livro que escrevi. Ela me pedia que eu fizesse um resumo do livro. Resumir? O que é resumir? É dizer em poucas palavras aquilo que foi dito com muitas palavras. Só se pode resumir um livro se ele está cheio de palavras supérfluas. Mas a literatura é feita, precisamente, com palavras essenciais, palavras que não podem ser retiradas. Como resumir uma sonata de Mozart? Como resumir um poema? Como resumir uma viagem? Como me resumir? Pois o que escrevo é feito com pedaços de mim. Sou resumível? A jovem que me fez o pedido não é culpada. Culpados são aqueles que, por anos, têm preparado os exames vestibulares. Assassinos da língua. Deveriam ser presos. Há, inclusive, livros que se vendem nas livrarias com os resumos das obras de literatura. Literatura é coisa que se faz por prazer. É possível resumir o prazer? Por favor: resuma o ato de “fazer amor“. Fazer amor depressinha, com leitura dinâmica. O que os exames pretendem é que o ato de fazer amor com os livros – vagaroso, degustador – tome como modelo o rapidíssimo coito dos galos e galinhas... Isso não é um absurdo?"

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No mais, boa sorte a todos!!!

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sexta-feira, junho 15, 2007

A arte de filtrar informação




No ônibus a caminho do trabalho, observo as pessoas... a maioria tem em mãos esses jornais populares, como "Super" ou "Aqui", e os que não tem, acanhados de acompanhar a leitura com o passageiro ao lado (hábito terrivelmente cara-de-pau), não hesitam de comprar no próximo semáforo por apenas R$ 0,25 as aberrações do dia...

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Na capa desses jornais deveria haver uma advertência em letras garrafais: CUIDADO! Este jornal oferece um grande perigo. Pode-se ficar mergulhado em sangue, em pânico com tantos escândalos, e não passar imune ao sensacionalismo que anuncia o fim do mundo diariamente. O objetivo puro e simples passa longe de informar, o que eles querem é vender.

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Acabamos nos sentindo 'fracos' e impotentes... logo cedo notícias que nos deixam amargos e pessimistas com tudo: guerras, atentados, insanidade, política de mer**, nada que te entusiasme! Então tentamos passar o dia de forma agradável, no frágil limite entre as informações nocivas que nos cercam e a vontade de curtir e aproveitar a vida sem culpa.

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A leitura de jornais nos torna estúpidos? É a pergunta de Rubem Alves, educador e escritor, em artigo na Folha de São Paulo. "Diante de jornais e revistas, eu me comporto como diante de uma mesa de bufê - provo, rejeito muito, escolho poucas coisas. Concordo com Zaratustra: Mastigar e digerir tudo é uma maneira suína."

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quinta-feira, junho 14, 2007

Ousar

Em análise ao post de ontem...
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Ousar. Você já percebeu o quanto deixamos de viver por causa do medo de ousar? Deixamos de sorrir, por medo de chorar. Deixamos de amar porque amanhã podemos estar sós. Deixamos de ajudar alguém porque achamos que esse alguém pode nos apunhalar pelas costas a qualquer momento. E tudo isso por causa do medo de ousar, ser aquilo que gostaríamos de viver, de fazer, ser ou realizar. Você já ousou alguma vez?
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No momento:
Lisa, em melhor estado de espírito do que ontem.
André, em intenso momento de insanidade baixando músicas há dias.

quarta-feira, junho 13, 2007

Dias de sol me deprimem...

Logo de manhã, estou no trabalho e sento bem de frente para as imensas janelas, onde posso ver todo um céu azul lá fora. De onde estou não posso dizer como um ser católico quase mítico: "mas que belo horizonte", quando esteve em visita à cidade, pois existem consideráveis prédios à minha frente, mas sei o que tem além e meu pensamento já está lá.
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Pronto, quando me disperso assim não adianta nem tentar me concentrar novamente com o que eu estava fazendo, preciso daquele tempo para minhas idéias correrem soltas e brincarem um pouco. Sem remorso esqueço o computador com minhas equações e fórmulas malucas, me inclino na cadeira e perco meu olhar em algum ponto no céu, desejando chuva, desejando ajuda para entender minha própria complexidade, desejando... desejar alguém...
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Nossa, repetindo tanto essa palavra, me lembro dos conceitos básicos do Taoísmo, na parte que refere-se ao desejo; para nós, ocidentais urbanos de carteirinha, é praticamente aquilo que nos move e faz desenvolver nossos instintos, e para os taoístas é exatamente o que impede esse desenvolvimento (claro, essa é a minha explicação compacta).
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É, realmente sou extremista... em algumas questões sou o impulso declarado, em outras me inclino a aceitar a versão taoísta, pois de tanto querer algumas coisas, elas acabam transformando-se em metas inatingíveis e planos colossais que eu não teria mais coragem, disposição ou até mesmo vontade de realizar/dizer ou que quer que fosse fazer. Quando percebo, no final da história eu criei um monstro...
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Uma coisa remete à outra... ontem aconteceu algo que ilustra meu monstrinho particular. E para que eu lembre disso até quando der, estava ouvindo "Leave", do R.E.M. pra 'coroar' a cena. Qual cena? Bom, era pra ser uma simples conversa entre duas pessoas crescidas, com vontades comuns, porém enigmáticas, e isso por si só já bastaria pra dificultar as coisas... o coração pedia cautela nas palavras... A cabeça pára pra pensar... As pernas esperam pra saber o que fazer... a boca entreabre-se na tentativa de explicar alguma coisa. Daqui a pouco o coração impacienta-se pelo desenrolar da história. A cabeça diz: não recomendo! As pernas? Uma vai e a outra fica... A boca gagueja. A ação coletiva dos sentidos era um desafio pra mim, praticamente uma tortura. O resultado? Bom sobrevivemos, não da forma como deveria ter sido, mas de tanto querer perdemos o momento.
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Alguém liga no meu ramal, retorno do meu momento off e percebo o céu para onde eu olhava porém não via. Então odeio o sol iluminando esta manhã onde me falta alguma coisa embora eu não tenha certeza do que seja... Por que desejei chuva? Sou um ser às avessas... Dias de sol me deprimem...
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terça-feira, junho 12, 2007

Notas tiradas do nada

Conheci há pouco tempo uma garota muito simpática em um chat. Ela é do Mato Grosso e eu aqui de Minas Gerais. Ela pesquisa sobre o congado e eu... pesquisarei num futuro próximo sobre alguma coisa. Cumprimentos, sim, mas sem o habitual interrogatório a cerca de quem eu sou, pra onde vou e quais seriam as intenções com ela. Isso serviu de inspiração para uma amizade que parece surgir. Em uma das afinidades surgiu a música como um laço de maior união, assim como a amizade minha e do meio irmão (não era pra rimar). Mp3 pra um lado, mp3 para o outro. Juntos conhecemos e pesquisamos sobre uma banda que nos dava um certo alívio e paz: UAKTI. E como ela tem uma experiência maior em pesquisas ela achou essa jóia rara, uma coisa realmente maravilhosa: sombarato.blogspot.com Por favor, entrem nesse blog e divulguem pra galera. Já baixei 20 cds em apenas dois dias.

Então viva a música, viva a amizade e viva as afinidades. Se encontrassemos todas as pessoas afins seria um pé-no-saco, mas encontrar algumas afinidades em algumas pessoas nos faz sentir menos sós.

Viva a amizade minha e da Mona, que já dura 6 anos. Gosto demais dessa guria (estou puxando o saco dela pois ela fica com raiva porque eu não posto aqui com muita frequência).

Sem mais assunto de uma mente que não tinha assunto algum, eu me despeço.

Abraços

Dia dos Namorados, dos Perdidos, dos Achados...


Afinidade entre namorados...
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Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar uma palavra. É receber o que vem do outro com uma aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicação do que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
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Se você está com alguém , aproveite e já vá fazendo planos de uma comemoração dionísica: um lugar legal, cheiro, música, comida, bebida, o que te der prazer. Se não estiver, nada de neuras, aproveite o dia com você, se dê um presente, se dê de presente. Afinal, como dizia
Leminski, "o amor não acaba, apenas transforma-se em raiva ou em rima".
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[André questiona... (e se confunde mais)]
"A Cheila e eu não estamos namorando, então o que eu faço no dia 12/06?"
a) Compro um presente mesmo assim. (Mas ela pode pensar que isso é o começo de algo sério?!)
b) Digo que estou com dor de cabeça. (Putz, isso é coisa de mulher!)
c) Olho pro alto e assovio. (Hmmm...)
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[Enquanto isso, Lisa suspira...]
"O que é mais importante: a profissão ou o amor? Eu responderia: a profissão, é claro! Mas nas noites de insônia respondo, cabisbaixa: o amor!"
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segunda-feira, junho 11, 2007

Pensamento (cretino) do Dia




"Errar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico."

domingo, junho 10, 2007

Cheirar com a boca?

Meus amigos costumam dizer que sou louca, mas começo a desconfiar de verdade de quem seja louco na história...

Estava euzinha ontem num dia de boas ações, quando uma amiga em comum minha e do André chamou pra 'balada'. Vendo que meu repertório de negativas para convites desse tipo já havia se esgotado, e verificando que tipo de música tocava nessa tal balada - segundo ela, uma casa com três ambientes, um com banda de pop/rock, outro com DJ 'bombando' e um terceiro rolando axé e funk (juro que estremeci nessa hora) - resolvi aceitar em nome da velha amizade, afinal, não poderia ser tão ruim assim, mas por precaução pedi aos céus que a tal banda fosse pelo menos afinadinha, e que eu não me arrependesse tanto de ter deixado um livro tão interessante em casa pra me aventurar na 'night'.

Lá chegando começamos a encontrar amigos da época do ensino médio, que não víamos há séculos (nesse momento percebi que eu sim, tinha envelhecido séculos, porque todos eles gostavam de sair pra dançar, menos eu..., embora mais tarde eu chegasse à conclusão de que dançar era o que menos faziam ali...)..Adentrando o primeiro ambiente, comecei a me animar, a banda era boa (Banda Leros, dando crédito pros meninos), tocava de verdade, alguns inevitáveis "Toca Raul...", cantarolei algumas músicas e fiquei feliz. "Vamos subir pra dançar", idéia da amiga (da onça), não era o que eu pretendia, mas 'tá na chuva é pra se molhar... Segundo ambiente, lá estava o DJ Aless (sim, fiz questão de saber quem era o tal pra quando alguém me chamasse pra 'balada', me certificar de que se fosse esse o disc jóquei presente, eu não estaria lá), o cara deixava uma música acabar e silenciar pra colocar outra, putz, ninguém 'tava gostando, e a pista só esvaziando... Algum tempo depois percebi que a demografia da boate estava em 5 homens pra cada mulher, aí ficou osso de conseguir curtir alguma coisa.


Resolvemos sentar um pouco, a amiga pede uma caipirinha e eu louca nem lembro o que pedi. Eis que surge a 'pérola' da noite, onde a gente pensa que por isso vale a pena ter amigos - ela me pergunta se eu já havia experimentado 'loló' (crianças, não pesquisem isso no Google), eu disse que não e perguntei como era, então vem a explicação de como ficar 'high' com a tia Maira... "Bom, tem aroma de perfume, vc precisa molhar um paninho, então você cheira com toda a força do seu pulmão, mas tem que cheirar com a boca." ... Imaginem minha cara depois dessa declaração [o.Õ], afinal, não seria melhor inalar, aspirar ou qualquer outra coisa... a única coisa que consegui dizer foi: "E então quando o loló (ou seria a loló?) faz efeito você fica com tanta fome que tenta comer pelo nariz...". Naquele momento percebi que já estava fazendo hora extra na balada, alguns minutos depois, ela estava cochilando ao meu lado, sob efeito da caipirinha. E tudo o que eu queria era acordar em minha cama e achar que aquilo tudo era apenas obra de minha mente fértil, que eu tinha ficado em casa lendo meu livro e sonhado coisas malucas...

Manã Manã

The question is: What is a Mahnamahna?

The question is: Who cares?

quinta-feira, junho 07, 2007

Ahhhhh!!

Mona apareceu aqui em casa. Assistimos ao seriado dos Muppets, não o desenho, mas o show deles que passava nos anos 70 na TV americana: "Muppets Show" .

Sim, muitas risadas. O programa é ótimo, nos fez relembrar os nossos tempos de infância. Quando fazia pré eu assistia todos os dias na própria escolinha os episódios do desenho no horário de almoço. Tempos de merendeiras cheias de biscoito recheado, frutas e achocolatado tão preto de dar dó. Brincando de bola na rua tirava o tampão do dedão do pé fazendo cara feia de dor, mas 5 segundos depois voltava para a pelada no meio da rua que hoje é tão vazia. Não, não vou dar uma de chato falando que o meu tempo era melhor porque a gente brincava na rua até tarde, toda época tem seu encanto, mesmo que os encantos de hoje sejam coisas bizzaras.

Ahhhhh!!! Nostalgia!!! Lembro de uma frase de um livro de Guimarães Rosa: "Moço, a saudade acaba sendo uma forma de velhice".

Emocionado por pura bobeira ou porque a vida pode ser boa quando a mémoria e o passado também são. Passo por aqui só para suspirar, divagar, pra depois voltar para a realidade.

Abraços!


(André)

terça-feira, junho 05, 2007

Dia do Meio Ambiente


Mal entramos no blog mas já vamos aproveitar essa iniciativa pra lá de interessante e nos unir à postagem coletiva.
A realidade é que muito se diz e pouco se faz quando é este o assunto em pauta. E não é de hoje que algumas almas perspicazes tentam fazer algo a respeito.
Tivemos a ECO-92, onde firmou-se uma preocupação com os assuntos relacionados ao meio-ambiente, até aí, ok.
A Agenda 21 firmou compromissos de todas as partes para que descobertas do setor ambiental (Floresta, Oceano, Clima, Energia, Água Potável, etc.) fossem concretizados... bom, andam esquecendo de olhar as anotações da agenda...
O Rio +10, tadinho, ficou decepcionado por não ter grandes méritos a discutir.
E o fiasco do Protocolo de Kyoto, pra regular a emissão dos gases que elevam a temperatura do Planeta, não deixando que a gente habite uma eterna e ascendente sauna... Sem a ratificação completa, de quê adianta? Os Estados Unidos da América da Morte se recusaram a diminuir a cota deles (25% de todos os gases emitidos no Planeta), revelando não se importar se num futuro próximo alguns países forem simplesmente abolidos da face da Terra, enquanto outros sofrerem inundações e/ou outros tipos de calamidades.
Em Johanesburgo avaliou-se os sucessos (quais?) e os fracassos dos compromissos firmados ao longo dos projetos ambientais desde a ECO.
Todo dia novas questões são propostas. O que foi feito desde 1992? O que os países fizeram pra implementar a Agenda 21? Estratégias de desenvolvimento sustentável foram adotadas? Como ficaram os acordos para preservação da biodiversidade? Alguém se habilita a responder?
CONSCIENTIZAÇÃO e EDUCAÇÃO AMBIENTAL são as palavras-chave para pelo menos elaborar o comecinho de algumas respostas. E sem essa de pensar "De quê adianta apenas eu me preocupar?", esperando protocolos, agendas e o escambau. Viva a livre iniciativa própria!

AGERE NON LOQUI*!
*Agir, não falar.

Blogueira, eu?

"Um blog? Aff... isso é muito notório para o meu universo alternativo particular."

Bom, esse foi o primeiro pensamento a respeito. Mas quando o André veio com essa sugestão, pareceu mais plausível, afinal um blog a quatro mãos já soou mais interessante - antes divagações coletivas que certezas psicóticas solitárias.

Ah! E sobre o que é esse blog? Idéias soltas procurando um lugar para pousar. Umas vezes com sentido, raramente com essa intenção. Um pouco sobre tudo, tudo sobre nada, porque enquanto estivermos falando sobre nada os rótulos serão desnecessários.

Eu estou aqui para dar corda às idéias do André, e ele para dosar minha veia sarcástica e irônica ¬¬. Humor (negro?), Amor, Filosofia para iniciantes... uma visão feminina (não feminista) e uma masculina dos devaneios nossos de cada dia. Então DUALIDADE, seja bem-vinda!

POST SCRIPTUM:
#1: Algumas vezes substituirei o nome André carinhosamente por Criatura ou Lenny (quando conheci o André poderia jurar que ele queria ser sósia do Lenny Kravitz).
#2: Monalisa, Lisa, Lis e Mona são a mesma pessoa.


Olá!

Postarei aqui devezenquandamente escritos com influências do grande Jerry Seinfeld, ou melhor, notas sobre o nada. Escreverei também algumas coisas com sentido...mas por favor, não dêem muito importância a essas.

Aé... Pelo amor de Deus, comentem. Mas se não comentarem, eu não ligarei.

Um grande abraço para a guria (Monalisa), esta obra prima de amizade... e que esta parceria no blog se estenda para a eternidade ou pelo menos até quando inventarem algo melhor do que blog, ou quando a gente tiver dinheiro e coragem de montar um site.

Abraços.

(André)
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