Poucas coisas me irritam tanto como a Blattaria, a popular barata... e assim como elas e suas anteninhas, eu devo ter uma espécie de radar para captá-las. Posso estar tranquila vendo tv ou me preparando para o banho, as luzes apagadas (sim, tenho mania de ficar no escuro) mas de repente resolvo acender a luz e lá está um exemplar da espécie, parecendo caçoar de minha cara, pois sabe que não sou adepta do chinelo matador...
Ontem foi um desses dias de guerrear contra uma baratinha infâme, e dá-lhe vassourada... A batalha durou uns 15 minutos, não que eu seja cegueta, mas elas se enfiam em lugares improváveis e eu não queria tomar meu banho pensando onde essa criatura estaria, então fiquei de vigília... Apareça uma besta selvagem na minha frente, mas não apareça uma barata.
Que ridículo! A barata não merece ser chamada de inseto como as formigas, ou seus parentes mais próximos, os louva-deuses e os cupins: as baratas gastam 75% de seu tempo descansando, saem dos esconderijos só pra comer ou acasalar, quando chegamos ao ponto de encontrar alguma distraída pelo caminho, diz-se que podem haver 1.000 escondidas, não produzem nada e não tem outro propósito senão o de causar nojo em quem a vê. Nenhuma espécie digna de nota come seus mortos e excrementos, ou solta um fluido oleoso pra passar por frestas finas como folha de papel.
Sem qualquer progresso ou qualquer aspiração senão satisfazer a fome, estão por aqui há uns 400 milhões de anos. Acho que o que verdadeiramente me assusta em uma barata é isso. E o fato de que somente elas perdurarão pra contar a história da humanidade... E viva o homem: a evolução que não deu certo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário