Qual é a sua?

quinta-feira, novembro 29, 2007

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Será que alguém pode dizer "Era uma bela manhã de fim de novembro" sem sentir-se meio Snoopy?

segunda-feira, novembro 26, 2007

Menina das Estrelas

Por incrível que pareça, neste post vou escrever como garota que às vezes esqueço que sou...

Existe
uma diferença entre planetas e estrelas. É o que mostra Ziraldo, escritor e ilustrador de vários livros destinados ao público juvenil. Na maioria de suas obras o escritor ocupou-se em desvendar a alma de seus meninos maluquinhos (ou não). Agora ele se aventura no universo feminino.

A idéia de escrever sobre meninas, na verdade, não estava no roteiro. Mas vindas de Ziraldo, boas idéias também surgem em horas de descuido. Num encontro com jovens leitores na cidade de Vitória, o escritor comentava sobre seu livro “O Menino da Lua”. Questionado sobre a ausência de uma menina entre os amigos de Zélen, personagem principal da obra, uma garota disse que as meninas eram das estrelas, por isso, não podiam participar do livro sobre os planetas. Foi, então, que Ziraldo criou o livro, um trabalho comovente e delicado, exatamente o que se espera dele.


Impossível não se apaixonar pela história que tem um clima de poema, com o autor evitando fixar-se num personagem, ao mesmo tempo que nos remete a meninas de todos os tempos. "Menina das Estrelas" é uma declaração de amor. É o espanto e a constatação de como são especiais e únicas as meninas.


Meninas que crescem, mas que neste ir ao encontro da juventude e do mundo adulto, levam algo muito especial. Pequenas delicadezas, a capacidade de apartar o bem do mal, de entender o que há em volta.


É um livro repleto de humor, tão envolvente quanto a Alice (aquela do Lewis Carrol, que segue o coelho amalucado até a 'toca', encontra o chapeleiro, enfrenta a rainha orgulhosa, toma chá, desafia o perigo, sente medo e mantém o espírito de aventura até estar novamente à sombra de uma árvore).


Os desenhos também estão ótimos, com meninas lindas, espevitadas, doces, espertas, românticas... Quem é menina, mesmo que já bem crescidinha, sabe direitinho como é quando a boneca, que era sua filhinha, vira apenas um detalhe do seu quarto de menina.


Meninas crescem, mas cada dia um pouco. E continuam sendo uma estrela, mergulhando em sonho, num faz-de-conta que prepara cada uma para jornadas futuras.


Este livro pode e deve ser lido pelas meninas de hoje e pelas ex-meninas de ontem, porque entre uma e outra não há apenas a diferença dos anos, há o coração feminino. E o humor, os sonhos, que podem ser em demasia, mas ajudam a construir nossos desejos, ter a chave do que virá...


"... É preciso ter cuidado com o que se diz às meninas, pois, como já lhes contei, muitas vezes elas choram por coisas bem pequeninas. Meninas não aprenderam ainda a bem calcular a quantidade de lágrima que merece cada dor..."

Parece absurdo...

... mas o Brasil, com esse tamanho todo tem o mesmo número de livrarias que Buenos Aires, capital da Argentina...

O brasileiro lê pouco, alegando preços altos e falta de tempo. Quanto aos livros emprestados, ninguém nem toca no assunto, e em bibliotecas menos ainda. Realmente, o custo de impressão de um livro é ridículo se comparado ao preço que pagamos nas lojas. As distribuidoras ficam com quase 60% do preço final. Absurdo!

Incentivos ao hábito da leitura sempre há, mas não resolve o problema ainda assim...

Uma coisa que acho legal são os sebos, onde vendem livros usados. Pra mim é um ótimo passeio. Dá pra se surpreender, folheando muita coisa familiar e outras completamente novas (apesar de velhinhas...). Vale a pena, abre horizontes e é um ótimo canal pra leitura!

Hiato Sentimental




Hiato Sentimental
por Sonic Youth


"I love you.
I love you.
I love you.
What's your name?"
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sexta-feira, novembro 23, 2007

Instruções para Chorar

Deixando de lado os motivos, atenhamo-nos à maneira correta de chorar, entendendo por isto um choro que não penetre no escândalo, que não insulte o sorriso com sua semelhança desajeitada e paralela. O choro médio ou comum consiste numa contração geral do rosto e um som espasmódico acompanhado de lágrimas e muco, este no fim, pois o choro acaba no momento em que a gente se assoa energicamente.

Para chorar, dirija a imaginação a você mesmo, e se isto lhe for impossível por ter adquirido o hábito de acreditar no mundo exterior, pense num pato coberto de formigas e nesses golfos do estreito de Magalhães nos quais não entra ninguém, nunca.

Quando o choro chegar, você cobrirá o rosto com delicadeza, usando ambas as mãos com palma para dentro. As crianças chorarão esfregando a manga do casaco na cara, e de preferência num canto do quarto. Duração média do choro, três minutos.


Manual de Instruções in Histórias de Cronópios e de Famas, de Julio Cortázar.



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Não, Hiro não está praticando os ensinamentos. Se vocês olharem de perto, verão que faltam as lágrimas, ou o muco (se final de choro). Ele está apenas tentando se teleportar mais uma vez...

terça-feira, novembro 20, 2007

No dicionário...

Tenho o hábito de ler dicionário, de idiomas, de sinônimos, qual for. Durante minhas leituras faço classificações inusitadas das palavras, como entre 'gostosas' e estranhas de dizer. Menina maluca...

Numa dessas leituras encontrei uma palavra imponente e com um significado, digamos, ínfimo...

Uropígio sm. Apêndice triangular nas últimas vértebras das aves, onde se implantam as penas da cauda. [Sin. pop.: sobrecu, mitra.]

Caraca, mitra, uma palavra cheia de magia, muito usada nos contos de fada, também é sobrecu.

Confesso que inicialmente não tinha lido o sinônimo popular, que faz todo o encanto descer pelo ralo. Putz, eu achando o uropígio tão lindo, e nada mais é que uma forma pomposa de dizer c*. Mas definitivamente eu o promoveria, se fosse possível usar o recurso renomear, dando-lhe um significado mais pomposo.

Eu devo ter fumado orégano, melhor parar por aqui...

Agora que sei o significado, fica estranho dizer isso, mas com o uropígio na cabeça, me despeço. [¬¬]

Filosofia de Vida

Relendo minha conduta indolente em alguns posts... hehe, recordo de uma tirinha de Calvin e Hobbes (ou Calvin e Haroldo pra quem preferir). Pena não ter localizado a mesma no meu 'arsenal', mas transcrevo aqui a grande filosofia de vida.



Hobbes: O que você está fazendo?
Calvin: Estou matando tempo enquanto espero que a vida me cubra de significado e felicidade.

Mas bahhh...

Enquanto eu jogo a culpa para debaixo do tapete. Woody Allen na comédia Broadway Danny Rose, trava um diálogo hilário em que afirma que as pessoas são muito melhores com a culpa, pois fariam barbaridades sem ela (eu que o diga). O interessante é que a culpa deixa muita gente infeliz, mas não é capaz de impedir as baixarias mais vulgares... Alguém aí sabe o limite entre culpa e ética?

Ah, o filme não pertence à melhor safra do tão famoso diretor - segundo alguns críticos, mas como eu não sou entendida do assunto, posso dizer sem culpa que compensa e muito assistí-lo.


Créditos:
Broadway Danny Rose
Broadway Danny Rose, de Woody Allen. Com Mia Farrow, Danny Aiello, Nick Apollo Forte e Paul Greco. EUA, 1984. 84 min.

sexta-feira, novembro 16, 2007

E o Tim Maia dizia que não queria dinheiro...

Bom, eu achando que ia fazer pelo menos algo que me ajudasse nesse pós feriado, que não foi nada além de um dia de descanso, já que em plena sexta-feira tinha trabalho pra apresentar na facul. Eis que antes de ir pra aula, resolvo retirar um extrato bancário. Putaqueopariu! Quase me dirigi ao prédio de Economia, talvez fosse mais útil.
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Onde ia parar o meu dinheiro? Ele parecia ter vida própria. O cartão de débito, tão prático, fazia meu suado dindim escorrer como água num barril furado. Tudo bem, eu fazia retiradas que gastava com coisas realmente importantes em 90% do tempo, mas esses 10% restantes acabavam comigo...
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A teoria das coisas é tão legal. Quando eu ainda não trabalhava fazia planos que praticamente me asseguravam estar com casa, carro e otras cositas mas antes dos 25, bom, ainda tenho 3 anos, será que consigo? Quando comecei a trabalhar minhas despesas ficaram fora de controle, já que "ser independente" inclui contas no final do mês sem recorrer à mamãe. Em contrapartida, se eu gastava com as benditas contas do "kit casa", achava que tinha que gastar comigo também, em coisas que gostava. Resultado: meus hábitos de gastos, de perdulários tornaram-se suicidamente auto-destrutivos. Adquiri um prazer em adquirir coisas que às vezes nem precisava, mas que me satisfaziam imensamente, como (muitos) livros e cds em excesso, me deixando com sentimentos dúbios de culpa e deleite.
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Jogando a culpa pra debaixo do tapete, continuo aqui, me comportando como se intuísse que dias melhores e mais prósperos estão por vir...
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quinta-feira, novembro 15, 2007

O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar

Acaso. Destino. Sorte. Fatalidade. É disso que trata O Jogo da Amarelinha. A narrativa começa no céu e acaba no inferno, principia no amor e termina na morte, quando não ao contrário. Tudo depende de por onde se entra e por onde se sai durante a leitura. Semelhante ao movimento dos móbiles, esse livro não tem um roteiro a ser seguido, mas vários, razão pela qual as personagens e situações se modificam de acordo com as escolhas que fazemos.
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Livro perigoso, que cativa pela insubordinação, pela valorização do comportamento desregrado, esse mesmo que parece já não caber mais em nossa sociedade.Muito já se escreveu sobre este livro, que foi sucesso imediato de público e de crítica ao ser lançado, em 1963. A qualidade mais destacada pelos comentaristas é sempre a multiplicidade de leituras que seu texto é capaz de proporcionar.
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O Jogo da Amarelinha é uma obra aberta, um romance que pode ser desmontado pelo leitor, que tem a liberdade poucas vezes concedida a alguém de refazer a seqüência de seus capítulos. "Um romance sangüíneo como o bebop", assim disse Cortázar e assim repetiram seus estudiosos mais ilustres. É claro que, como recomenda sua bula, posso ler seus 155 capítulos na ordem que preferir. Posso começar no de número 56, voltar para o de número 12 e depois correr para o de número 98. Cada combinação escolhida dá à trama e às personagens diferente colorido.
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Mas se O Jogo da Amarelinha não é a obra aberta perfeita para alguns, não deixa de sinalizar aos incautos que tomem cuidado onde pisam, pois o chão é movediço. No romance tradicional, os capítulos vêm unidos como os elos de uma corrente que nem mesmo a morte consegue separar. Isso é feito para que o tempo não se disperse. Para que nossa viagem através dos dias, meses e anos faça sentido. Todo o trabalho do autor vai por água abaixo, caso o leitor resolva ler o livro de trás pra frente, ou salteado. N’O Jogo da Amarelinha, cada capítulo é um objeto relativamente autônomo, cujo vínculo com os demais capítulos pode ser refeito ad infinitum. Os elos da corrente continuam a existir, e é isso que dá coesão à obra. Mas são elos adormecidos, que só entram em ação no momento em que o leitor avança na leitura. Aliás, o termo avançar, como se vê, já quer dizer aqui outra coisa: saltar do capítulo 82 para o 20 é o tipo de recuo que significará sempre um passo adiante. Conseqüentemente, o tempo se torna algo distinto do que vai nos nossos relógios, algo muito mais flexível e deliciosamente brilhante.
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Taí, espero que tenha despertado a curiosidade de alguns.
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Obs.: Pra chegar o mais perto possível da dinâmica do livro, usei o básico Ctrl C / Ctrl V de um texto de Nelson de Oliveira, que acho ser a apresentação/descrição que mais se assemelha à real.

Julio o quê?

Um dos escritores que faz absurdos com minha imaginação é Julio Cortázar. Sinto que preciso tê-lo em minha vida com cada vez mais constância. O cara tem a manha de escrever textos altamente visuais, daqueles que a cada frase lida, você consegue vislumbrar até a iluminação da cena. Ok, ok, confesso ter uma visão cinematográfica demais das coisas, mas basta um pequeno trecho para minha tese ganhar mais força.

"... y lo que llamamos amarnos fue quizá que yo estaba de pie delante de vos, con una flor amarilla en la mano, y vos sostenías dos velas verdes y el tiempo soplaba contra nuestras caras una lenta lluvia de renuncias y despedidas y tickets de metro."
 
 
(Sim, eu precisava colocar primeiro na língua original, tem uma sonoridade melhor, que já faz entrar no clima...)
 
 
"... e aquilo a que chamávamos o nosso amor era talvez eu estar de pé diante de você, com uma flor amarela na mão e você com duas velas verdes, enquanto o tempo soprava contra os nossos rostos uma lenta chuva de renúncias e de despedidas e passagens de metrô."


Uma de minhas mortes escolhidas é lendo um texto dele... Júlio Cortázar, uma dessas faltas que a gente sente daquilo que nem viveu...



Obs.: Trecho retirado de O Jogo da Amarelinha (e/ou Rayuela, no original)..
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Hiato Sentimental

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Hiato Sentimental
por Alanis Morissette
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"It's like meeting the man of my dreams
then meeting his beautiful wife"
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É, a Lei de Murphy atuando sobre todas as coisas...
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Hmm, isso me faz lembrar algo... Ah, já sei, eu e meus amores platônicos.
Depois dessa declaração vou ali tomar cicuta e já volto.

15 de Novembro

O capitalismo prometia liberdade, o comunismo justiça social. O capitalismo gerou desigualdades e manipulação, onde qualquer concepção de liberdade fica pálida; O comunismo gerou sua casta, o partido, e repressão semelhante à do fascismo. São duas vertentes da proclamada república. É possível entrever uma alternativa para a justiça social que preserve a liberdade de cada um?
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Que garotinha espírito de porco - fazendo perguntas filosóficas em pleno feriado prolongado...
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Pode parecer que não, mas o Brasil lembra muito a filosofia zen. A imobilidade, por exemplo. O zen fala da "ação pela não-ação", no Brasil faz-se a "não-ação pela não-ação". Um outro ponto não deixa dúvidas - o princípio da mutabilidade: como mudam os políticos de 4 em 4 anos, que nos levam à falência moral e são substituídos por outros de igual valor ético.
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Enquanto isso, a falta de memória permite que comemoremos o dia da república...
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"Há mais mistérios entre o povo e o poder
do que possa sonhar nossa vã democracia."

quarta-feira, novembro 14, 2007

Da série: Diálogos Construtivos

Às vezes memoráveis conversações são produzidas, e claro que não podemos deixar passar em branco. Vejamos alguns de The Addams Family (o segundo filme):
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Garoto: Nunca esquecerei você!
Vandinha: Não?
Garoto: É muito estranha.
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Feioso: Nós não damos abraços.
Garoto: Oh, vocês são tímidos...
Vandinha: Não somos tímidos, somos contagiosos.
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Gomez: Crianças, por que vocês odeiam o bebê?
Feioso: Não odiamos o bebê. Apenas queremos brincar com ele.
Vandinha: Especialmente com a cabeça.
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(Feioso treina arco e flecha na colônia de férias Chipewa e mata uma sublime águia americana)
Mulher: Oh! Era uma águia americana.
Homem: Elas não estavam extintas?
Vandinha: Agora estão.
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Autor: Você foi escolhida para interpretar a Pocahontas.
Vandinha: Não participarei disso. Sua obra é infantil e fraca. Você não tem senso de estrutura, personagem e unidade aristotélica.
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Garoto: Você acha que algum dia se casará e terá filhos?
Vandinha: Não!
Garoto: E se conhecesse o homem de sua vida, que a adorasse e venerasse, que fizesse tudo por você, que fosse seu escravo? Então, o que faria?
Vandinha: Teria pena dele.

domingo, novembro 11, 2007

Variações Sobre o Mesmo Tema

Aqui estou, me aventurando a falar sobre filmes mais uma vez, mas como falei tanto de felicidade ali atrás, acho que esse dá um 'gancho' legal...

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Happy Endings (Finais Felizes) é um filme independente, logo, não esteve intensamente sob os holofotes hollywoodianos, sendo exibido em mostras de cinema e salas alternativas (leia-se fora dos shoppings). Acho que exatamente por isso merece uma atenção especial.
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O estratagema de contar várias histórias paralelas, com múltiplos personagens já foi muito utilizado por outros diretores, mas confesso que esse foi o primeiro que conseguiu prender minha atenção por duas horas de filme.
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Os ângulos esquisitos da câmera, os personagens principais que vão fazendo com que as histórias se interliguem conseguem sim, prender a atenção. Ah, e tem também os textos na tela explorando as motivações dos personagens, seus relacionamentos e backgrounds, de olho nos potenciais finais felizes (ou não).


Segundo Don Roos, direitor, a ironia contida na narrativa é que todo personagem busca intimidade e amor, mas da maneira menos verdadeira possível. Um acontecimento ocorrido anos antes da ação principal fornece a linha condutora do filme, assim como dois personagens vão unir duas tramas.
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Mamiee (Lisa Kudrow) e Charley (Steve Coogan), uma jovem precoce de Los Angeles e seu meio-irmão britânico, rapidamente se envolvem num relacionamento sexual escondido de seus pais recém-casados. Resultado: Mamiee fica grávida. Solução: Mamiee vai para Phoenix fazer um aborto e Charley (você descobre muito depois) faz uma vasectomia. Eles nunca mais falam sobre o incidente.

Nos dias atuais, a primeira mentira do filme é exposta: Mamiee não fez o aborto. Ela deu à luz e entregou o menino para adoção. Um aspirante a cineasta, Nicky (Jesse Bradford), diz conhecer o filho de Mamiee e tenta chantageá-la para que ela permita que ele filme o reencontro dos dois. Parece que ele quer fazer um "filme extraordinário" para ser aceito no American Film Institute (AFI).


Mamiee e seu namorado massagista, o imigrante ilegal mexicano Javier (Bobby Cannavale), convencem Nicky a mudar de tema e fazer um filme sobre Javier, que diz prestar serviços sexuais. Agora, o filme já soma duas grandes mentiras.


Depois, Roos segue Charley, que assumiu o restaurante da família e virou gay - não necessariamente nessa ordem. Seu companheiro Gil (David Sutcliffe) doou esperma para as amigas lésbicas Pam (Laura Dern) e Diane (Sarah Clarke).


O casal diz que o esperma dele não vingou. Ainda assim, Charley acredita que o filhinho delas se parece com Gil e faz de tudo para provar a paternidade do namorado.


Na terceira trama, a sexy e manipuladora Jude (Maggie Gyllenhaal) primeiro transa com Otis (Jason Ritter), que quer provar ao pai que é heterossexual. Depois, ela finge uma separação com o filho, que é realmente gay, para tentar um relacionamento com o pai rico (Tom Arnold).

As pessoas se apaixonam e se desapaixonam, descobrem as verdades doloridas desses relacionamentos e nada acaba do modo que se poderia esperar, já que todos mentem ou distorcem a verdade. A atuação também é impecável. Os atores atingem os pontos mais vulneráveis de seus personagens com a precisão de bombas inteligentes [sic].

Créditos:
Happy Endings
Finais Felizes, de Don Roos. Com Lisa Kudrow, Steve Cogan, Jesse Bradford, Bobby Cannavale e Maggie Gyllenhaal. EUA. 128min.


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F E L I C I D A D E

Durante essa semana duas perguntinhas simples, diretas e desconcertantes (às vezes) povoaram minha mente e meu diálogo com algumas pessoas: "Você é feliz?" e "O que é felicidade pra você?". O melhor de tudo era prestar atenção em alguns rostos inquietos... Ouvi cada resposta que vou levar pra vida toda.

Ainda com este tema na cabeça, resolvo postar a respeito. Nada tão denso, com filosofias de vida e depoimentos, apenas algumas curiosidades que encontrei por aí e por me chamarem a atenção, resolvo colocar aqui.

De um lado temos os americanos, que com mais uma de suas duvidosas pesquisas (americanos adoram tabular tudo) fizeram um estudo com pessoas que tinham muito dinheiro e por algum motivo perderam tudo, e com outras que ganharam muito dinheiro em pouco tempo, tipo loteria. Conclusão: quem não era feliz antes e ganhar muito dinheiro, não conseguia a tal felicidade mesmo depois. E quem era feliz, mesmo depois de perder tudo, continua assim.

Ser feliz é um "estado" que independe das condições em que vivemos? Será?

E do outro lado temos os ingleses... essa foi osso duro de roer: se você é feliz e sabe que o é, então seu estado de ânimo é o resultado de p + 5e + 3h. É a fórmula da felicidade. Dois pesquisadores britânicos dizem ter encontrado uma equação para quantificar a felicidade, o que resumiria numa sentença matemática o estado emocional de uma pessoa.

Lendo a matéria completa não pude conter a risada... Uma ótima silhueta é sinal de felicidade feminina, e, para os homens só deixa alegres 8% dos entrevistados. Ah, e sem falar que moças e senhoras identificam a família como a maior fonte de felicidade, seguida de férias, sol e perda de peso. Putzzzzzz! Sou a mais infeliz do mundo inteirinho!!! Os homens são mais práticos: férias, romances e vida sexual satisfatória, sem contar os êxitos esportivos de seus clubes preferidos bastam.

Considerando a fórmula, hoje devo estar p + 5e = 3h. Trocando em miúdos: feliz pra cac***.

Qual é? Fórmula da felicidade?! [¬¬]

Ah, considerando que algumas pessoas possam querer atestar cientificamente sua felicidade, não serei tão insensível... hehe
Aprendendo a usar a fórmula:

"P" são as características pessoais, incluindo as perspectivas de vida, adaptabilidade e capacidade de manter-se otimista ante a diversidade. Já "E" significa os aspectos existenciais: saúde, estabilidade financeira e amizades. Finalmente, "H" relaciona auto-estima, expectativas, ambições e senso de humor.

        
Para se medir a felicidade é preciso responder a quatro perguntas atribuindo-se notas de um a dez. Some o resultado das perguntas 1 e 2 para achar o valor de "P". O resultado da pergunta 3 equivale a "E". O da pergunta 4 é o "H".

1. Você é flexível, bem disposto e aberto para mudanças?
2. Você olha para a vida positivamente, se recupera logo das chateaçõese acha que tem tudo sob controle?
3. Suas necessidades básicas como saúde, dinheiro, segurança, liberdade de escolha e senso de comunidade estão sendo atendidos?
4. Você pode contar com ajuda de pessoas próximas, se concentrar no que faz e envolver-se em atividades que lhe dão uma sensação de ter um propósito?


Divirtam-se crianças!
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sábado, novembro 10, 2007

E por falar em chuva ali atrás...


Estou torcendo para que chova durante todo o final de semana. Não, não quero estragar a programação de ninguém. Desde criança adoro as grandes tempestades, a chuva torrencial... Aquela abundância de água, o ímpeto dos trovões. E como não consigo desvincular a combinação de chuva e música, lembro-me de um episódia da infância.


Aos 6 anos mais ou menos, alguém em minha casa estava ouvindo um cd, ops LP. Eu que até então me interessava por Balão Mágico e Trem da Alegria, comecei a prestar atenção. Na época pensei que aquela era a música mais triste que poderia existir no mundo inteiro, que para mim era pequeníssimo, como só entendia algumas palavras do inglês, acho que o que realmente me impressionava era o barulho dos trovões (efeitos especiais). Engraçado que fiquei com a música na cabeça, e alguns anos mais tarde descobri que era Cryin' in the Rain, do A-ha. Então passei a achar que a melancolia presente nela era perfeita.


É, mas aos 15 anos experimentei o real significado dos versos "... I've got my pride and I know hot to hide all my sorrow and pain - I'll do my cryin' in the rain...". E como chorei, até não conseguir abrir os olhos... e estava na chuva, me senti num vídeo clipe. Mas também voltei à antiga sina - sim, essa era a música mais triste, pelo menos do meu mundinho naquele instante.

Hoje em dia comprei um dvd do A-ha, e fico feliz por tê-lo em mãos para ouvir quando quiser. Traz muitas lembranças.


Às vezes a música aparece sem que a tenhamos escolhido, como nos filmes, em salas de espera, elevador, ao telefone, nas rádios, quando ganhamos um cd. Ou então quando escolhemos o som que queremos ouvir e queremos ouví-lo muitas vezes, quando compramos o cd e queremos tê-lo à mão, como uma espécie de reserva de emoção e prazer. Pra mim, em qualquer situação a música materializa o momento e aquece o ambiente.


"Someday my crying is done. I'm gonna wear a smile and walk in the sun. I may be a fool, but till then, darling, you'll never see me complain... I'll do my crying in the rain."

sexta-feira, novembro 09, 2007

Tempo, tempo, mano velho - Parte II


Uma das coisas mais corriqueiras nos dias de hoje é a sensação do tempo "fugindo", de estarmos sempre correndo contra ele, atrasados, apressados. Todas as ocasiões de convivência viram aborrecimento, o outro nos perturba, interpõe-se em nosso caminho. E esses encontros podem ser tão legais se estivermos acessíveis a eles... Estava me lembrando de situações assim, em que eu - de boa vontade, claro - deixei entrar alguém em minha vida por alguns instantes e acabei curtindo de verdade o que rolou...

Tempo, tempo, mano velho - Parte I

No sofá, a chuva caindo e os motoristas lá fora, buzinando freneticamente em seus carros, numa "belíssima" sinfonia, como se fazer barulho os fizesse chegar mais rápido em casa...
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Me lembrei de uma reportagem que ouvi há um certo tempo - o cara falava que muitas pessoas deixam de fazer determinadas coisas para "economizar" tempo, e em seguida ele indagava: "Como se economiza tempo, já que o mesmo não é algo que você possa colocar num potinho pra usar depois?". Lembro que, quando fui pensar no real significado do que ele disse, ri muito, pensando no quanto somos tolos, todo mundo em algum momento já "economizou" tempo, mas alguém se recorda de tê-lo usado depois?
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Voltei a escutar o estardalhaço do engarramento em frente minha janela... e antes de vir ocupar este espaço com minhas idéias, resolvi observar o paradoxal não-movimento da rua com a pressa de se chegar a algum lugar/lugar algum. Acho que agora todos queriam colocar em prática os versos de Leminski:
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(...)
Queria entrar
Com os dois pés
No peito dos porteiros
Dizendo pro espelho
- Cala a boca
E pro relógio
Abaixo os ponteiros.

segunda-feira, novembro 05, 2007

O que eu me tornei?

Por falta de sentimentos profundos deixo aqui meu prato raso transbordando apenas de dúvidas estranhas.##############################################

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(André)
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