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domingo, novembro 11, 2007

Variações Sobre o Mesmo Tema

Aqui estou, me aventurando a falar sobre filmes mais uma vez, mas como falei tanto de felicidade ali atrás, acho que esse dá um 'gancho' legal...

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Happy Endings (Finais Felizes) é um filme independente, logo, não esteve intensamente sob os holofotes hollywoodianos, sendo exibido em mostras de cinema e salas alternativas (leia-se fora dos shoppings). Acho que exatamente por isso merece uma atenção especial.
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O estratagema de contar várias histórias paralelas, com múltiplos personagens já foi muito utilizado por outros diretores, mas confesso que esse foi o primeiro que conseguiu prender minha atenção por duas horas de filme.
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Os ângulos esquisitos da câmera, os personagens principais que vão fazendo com que as histórias se interliguem conseguem sim, prender a atenção. Ah, e tem também os textos na tela explorando as motivações dos personagens, seus relacionamentos e backgrounds, de olho nos potenciais finais felizes (ou não).


Segundo Don Roos, direitor, a ironia contida na narrativa é que todo personagem busca intimidade e amor, mas da maneira menos verdadeira possível. Um acontecimento ocorrido anos antes da ação principal fornece a linha condutora do filme, assim como dois personagens vão unir duas tramas.
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Mamiee (Lisa Kudrow) e Charley (Steve Coogan), uma jovem precoce de Los Angeles e seu meio-irmão britânico, rapidamente se envolvem num relacionamento sexual escondido de seus pais recém-casados. Resultado: Mamiee fica grávida. Solução: Mamiee vai para Phoenix fazer um aborto e Charley (você descobre muito depois) faz uma vasectomia. Eles nunca mais falam sobre o incidente.

Nos dias atuais, a primeira mentira do filme é exposta: Mamiee não fez o aborto. Ela deu à luz e entregou o menino para adoção. Um aspirante a cineasta, Nicky (Jesse Bradford), diz conhecer o filho de Mamiee e tenta chantageá-la para que ela permita que ele filme o reencontro dos dois. Parece que ele quer fazer um "filme extraordinário" para ser aceito no American Film Institute (AFI).


Mamiee e seu namorado massagista, o imigrante ilegal mexicano Javier (Bobby Cannavale), convencem Nicky a mudar de tema e fazer um filme sobre Javier, que diz prestar serviços sexuais. Agora, o filme já soma duas grandes mentiras.


Depois, Roos segue Charley, que assumiu o restaurante da família e virou gay - não necessariamente nessa ordem. Seu companheiro Gil (David Sutcliffe) doou esperma para as amigas lésbicas Pam (Laura Dern) e Diane (Sarah Clarke).


O casal diz que o esperma dele não vingou. Ainda assim, Charley acredita que o filhinho delas se parece com Gil e faz de tudo para provar a paternidade do namorado.


Na terceira trama, a sexy e manipuladora Jude (Maggie Gyllenhaal) primeiro transa com Otis (Jason Ritter), que quer provar ao pai que é heterossexual. Depois, ela finge uma separação com o filho, que é realmente gay, para tentar um relacionamento com o pai rico (Tom Arnold).

As pessoas se apaixonam e se desapaixonam, descobrem as verdades doloridas desses relacionamentos e nada acaba do modo que se poderia esperar, já que todos mentem ou distorcem a verdade. A atuação também é impecável. Os atores atingem os pontos mais vulneráveis de seus personagens com a precisão de bombas inteligentes [sic].

Créditos:
Happy Endings
Finais Felizes, de Don Roos. Com Lisa Kudrow, Steve Cogan, Jesse Bradford, Bobby Cannavale e Maggie Gyllenhaal. EUA. 128min.


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